Sobre o NUDES

Coordenadores: Profa. Dra.  Julia Almeida e Prof. Dr. Luis Eustáquio Soares

Sem biodiversidade não existe a vida isoladamente. Isso vale para a natureza e para a sociedade. Sem coletividade, o indivíduo é uma quimera. Sem universalidade, o singular e o particular se perdem no niilismo da vontade do nada, não obstante as pantomimas e histrionismos das subjetividades ilusas, quando desacopladas da realidade das formações histórico-sociais  concretas.

Por exemplo, a formação histórico-social do reino do capital, o modo de produção capitalista, é dominada cotidianamente pelo fetichismo da mercadoria, objetivamente efetivado em cada ato de compra e venda. Nesse contexto, diversidades são antes de tudo diversidades colonizadas pelas relações mercantis. É preciso, pois, pensá-las, na práxis,descolonizadora ao mesmo tempo cultural, estética, epistemológica, educacional, biopolítica, tecnológica, atuando por si mesmas e pelo bem comum em conformidade aos valores de uso socialmente situados.  

O mundo realmente existente  é o resultado de um longo processo de expansão ocidental, iniciado no final do século XV. É marcado pelas seguintes fases: 1. colonialismo e relações capitalistas (dominado por países europeus); 2. período inter-imperialista europeu-estadunidense (com a presença de Japão); 3 e ultraimperialismo estadunidense, com o apoio do dólar e do Pentágono, impondo aos povos relações sociais de produção neoliberais.

Nesse contexto, diversidades descolonizadas são fundamentalmente diversidades não neoliberais, referenciadas nos valores de uso dos povos do sul global, sobretudo tendo em vista o direito inalienável à soberania plena, sem a qual a diversidade não passará de um retrato na parede - neoliberalmente fetichizado. 

Núcleo NUDES, Diversidade e descolonização – observatório de traduções culturais, educacionais, estéticas e epistemológicas, fundado em 2008, sob a coordenação da professora Julia Almeida e do professor Luis Eustáquio Soare, tem fundamentalmente este objetivo: concentrar esforços para pensar/analisar diversidades de gênero, étnicas, culturais, educacionais, epistemológicas, nacionais emancipadas, livres de impérios, de capturas, de fetichismos e de manipulações, a um tempo singulares e comuns.  

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