Programação 2024

Congresso Permanente Internacional Literatura, Soberania Nacional e Multipolaridade

 

ABRIL

Perspectivas de soberania e socialismo no afrofuturismo de raps e traps 

Wagner Silva Gomes - mestre em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGL/UFES). 

Resumo: A tradição do samba como elemento fundante para os valores de soberania do trabalhador periférico em narrativas de rap está ligada à resistência ontológica do materialismo histórico que é fomento da brasilidade. Por outro lado, assim como a China e sua produção tecnológica a serviço do seu socialismo, organizado pelo partido comunista chinês, elementos tecnológicos na produção de rap e trap, quando escapam como linha de fuga (DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix, vol. 1, 1995, p. 17) à exclusividade da mais-valia ideológica, como conceituado por Ludovico Silva, apontam para a perspectiva de soberania nacional aliada à produção revolucionária de trabalhadores de outras nacionalidades, em interação multipolar. Desse modo, futurismo e valores étnicos interagem demandando uma produção em que matéria-prima e tecnologia estejam a serviço do produto final, ambas submetidas ao valor de uso regional, que por isso não é visto como futurista, já que realista, próximo demais

Data: 06 de Abril de 2024 (Sábado)

Horário: 16h

Linkhttps://www.youtube.com/watch?v=_V1HUvY9z9s&t=1758s

 

JUNHO

Terry Eagleton e a visão marxista da critica literária 

Lejeune Mirhan -  sociólogo, professor universitário aposentado, autor de 22 livros de Sociologia, Geopolítica Mundial, História e Marxismo. É ensaísta e faz análises internacionais em TV's de streaming.

Resumo: Nesta conferência, discute-se a literatura em suas relações com o marxismo e a História sob uma persepctiva materialista.   

Data: 06 de Junho de 2024 (Quinta-feira)

Horário: 19h

Link: https://www.youtube.com/watch?v=A10CrFULVM8

 

JULHO

O Yankee, aí está o inimigo

Maité Campillo - Desde adolescente saí de casa fugindo da polícia em direção a Paris onde encontrei companheiros solidários, revolucionários – eram outros tempos. Em 1981 reiniciei a vida artística e militante que mantive na Europa até que fui empurrada para o mundo, a realidade dos povos. E, assim, entrei em contato com o exílio chileno onde conheci o ator e diretor de cinema e teatro Aníbal Reyne. Pouco depois, iniciei a minha carreira teatral deste lado do mundo colonizado e violentado pela Espanha. Fundei, juntamente com outros colegas empenhados, a Oficina de Teatro Experimental, culminando com a peça "Alguém quer me ouvir?”, contra o golpe militar no Chile, obra do autor russo Enrique Borobivc. Uma nova faceta permitiu-me assumir o teatro como forma de vida pessoal e de expansão pedagógica. Como diretora e atriz, outro de meus papéis foi viajar por diversos países indo-americanos com monólogos do dramaturgo uruguaio Mauricio Rosencof. A representação na "Sala Che Guevara" da Casa das Américas de Cuba foi emocionante, e minha participação no centenário do nascimento do poeta Neruda em Santiago do Chile e Valparaíso foi importante. Resido numa ilha localizada em África (Ilhas Canárias) e outra faceta da minha vida é a escrita poética na forma de artigos, ensaios. Mulheres, Cultura e Anti-imperialismo entre outros temas são a minha paixão, a minha vida, as razões de minhas relações humanas.

Resumo: (Quero recordar outro cenário de guerra arrepiante). Existem, além da estadunidense, outras potências imperialistas que truncaram o desenvolvimento social, cultural e económico de uma parte importante da Península Ibérica em 1936 - quando o povo do Estado espanhol - de repente se viu encurralado pela pressão internacional do fascismo, entrando como o cavalo de Átila, assassinando seres indefesos de ambos os sexos e de todas as idades, milhares e milhares de operários-camponeses-professores-militantes e intelectuais de todas as artes e ciências. Assis se fez e se faz o mundo unipolar.

Data: 15/07/2024

Horário: 16:00, horário de Brasília. 

Link: https://www.youtube.com/watch?v=Eg_sy76k8Cg

 

AGOSTO

Nicarágua e Venezuela no cancioneiro popular da América Latina

André Luís de Macedo Serrano - professor de Língua Portuguesa da Rede Pública Estadual do Espírito Santo. Doutorando em Letras, com foco em Estudos Literários, pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo (PPGL/UFES). Atualmente pesquisa a relação entre imperialismo, dependência e bolivarianismo no livro de contos Rajatabla, do venezuelano Luis Britto García. Participa também do Núcleo “Descolonização e Diversidade” (NUDES) e do Grupo de Pesquisa “Literatura, Soberania Nacional e Multipolaridade”, ambos sob orientação do Prof. Luis Eustáquio Soares. Publicou ainda, em 2022, a sua primeira obra literária, Antiquário (contos). 

Resumo: Nesta conferência, pretende-se apresentar algumas ideias sobre o cancioneiro popular latino-americano, em suas interfaces com os gêneros lírico e épico, a partir de duas perspectivas revolucionário-emancipatórias: o sandinismo nicaraguense e o bolivarianismo venezuelano. Analisam-se as letras da “Canción bolivariana”, de Ali Primera e também de “Yo soy de un pueblo sencillo” e “Somos hijos del maíz”, de Luis Enrique Mejía Godoy. De modo a interpretar o potencial crítico dos textos ante o processo histórico latino-americano, debate-se teoricamente as ideias de transculturação, por Fernando Ortiz (1978) e Ángel Rama (2008); de antropofagia, por Oswald de Andrade (2001); e de imperialismo e dependência, por Octavio Ianni (1976) e Vânia Bambirra (1987). 

Data: 31/08/2024

Link: https://www.youtube.com/watch?v=deLQHoEdjuw&t=1s 

 

NOVEMBRO

Uma Jornada Cultural e Profissional na China: Minhas Experiências e Aprendizados

Wagner Dantas -  Wagner Dantas é supervisor de projetos bilíngue da BYD no Brasil, analista de relações internacionais, mestrando em comunicação na Universidade de Hubei na China. Pertence ao núcleo do PT e da JPT na China, comunista com orgulho e nordestino raiz.

Resumo: Minha experiência na China tem sido uma das jornadas mais enriquecedoras da minha vida, tanto profissional quanto pessoalmente. Ao me mudar para este país tão vasto e culturalmente diverso, fui confrontado com uma realidade totalmente nova, repleta de desafios e descobertas que transformaram minha forma de ver o mundo. Como estudante de mestrado em comunicação na Universidade de Hubei, tive a oportunidade de aprender diretamente com mestres da área, além de conviver com colegas de diferentes partes do mundo. A vida acadêmica lá me proporcionou uma compreensão mais profunda sobre a abordagem chinesa da comunicação e do jornalismo, e me ajudou a ver a importância de manter um olhar intercultural. Paralelamente, meus estudos foram apoiados por uma bolsa do governo chinês e, anteriormente, por bolsas do Instituto Confúcio, o que reforçou meu vínculo com a cultura e a educação chinesas.

Data: 23/11/2024

Link: https://www.youtube.com/watch?v=Axf6tz-lp7o

 

 

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